
Ingredients
- 1 cx e meia de Linguine de boa qualidade
- 1 kg de camarão grande limpo, com certificado de sustentabilidade
- 6 tomates grandes maduros
- 1 cebola media picada
- 1 colher cha de manteiga
- 3 colheres sopa azeite
- 1 colher chá alho moído
- Sal e pimenta do reino
- 1 colher chá manjericao desidratado
- 1 maço manjericão fresco
Instructions
Molho
Colocar azeite e manteiga em uma caçarola grande e derreter em fogo baixo.
Acrescentar cebola e refogar até ficar bem mole, quase transparente.
Colocar o tomate, o manjericao desidratado, o molho de tomate pronto (para dar cor), experimentar o sabor e colocar sal a gosto. Cozinhar em fogo baixo até o tomate virar molho, acrescentar agua fervente se secar muito.
Camarão
Salpicar sal e pimenta do reino 10 min antes de refogar (se deixar muito tempo com sal ele vai soltar agua)
Aquecer uma colher de sopa de azeite extra virgem na frigideira por um min. Acrescentar o alho, refogar e jogar os camaroes. Tampar para abafar. Virar os camaroes. Cozinhar por 3 min ou ate ficarem rosas e cozidos. Experimentar. Se estiver no ponto desejado, jogar no molho pronto, mexer, e desligar o fogo.
Jogar o molho sobre a massa pronta e escorrida, deixando alguns camaroes em destaque por cima. Regar com um fio de azeite. Jogar as folhas de manjericao sobre a massa e servir 😉
Quando penso em camarão, lembro da minha infância. Digo isso pensando em meu avô paterno, o vô Ralves, que dizia feliz da vida dizia: hoje tem camarão!!! A que ficava mais feliz era eu, que sempre adorei camarão! Logo a vó Letícia limpava aquela quantidade imensa de camarões para fazer na moranga, cheio de molho e catupiry… bons tempos! Provavelmente naquela época, uns 40 anos atrás (nossa, tudo isso já?), tudo era mais equilibrado. Provavelmente porque haviam menos pessoas no planeta consumindo camarões mais abundantes em locais mais equilibrados.
Quatro décadas depois, tudo mudou, e muito! Devido a demanda pelo camarão ter aumentado, as formas de capturá-lo, ou criá-lo, trouxeram junto uma série de questões ambientais e de saúde.
Os problemas da pesca e da criação do camarão
Quando falamos de pesca de camarão, 90% das vezes estamos falando de pesca de arrasto. Esta é a pior forma de pesca, que vem “arando” o solo marinho e trazendo em sua rede tudo que encontra pelo caminho. Consequentemente uma infinidade de espécies sem valor comercial (mas com alto valor ambiental!) são mortas e jogadas no lixo. Além disso, dependendo do local onde a pesca de arrasto é feita, corre-se o risco de se ingerir poluentes depositados no fundo e que fizeram parte da dieta do camarão. E por último, e o mais básico de todos, o respeito ao defeso do camarão. Ou seja, durante a época de sua procriação não se deve capturá-lo de forma alguma!
Quando falamos de criação de camarão, ou carnicicultura, um outro capítulo a parte de problemas se inicia. Posso citar: destruição de manguezais para as fazendas; uso de farinha de peixe para alimentação dos camarões; antibióticos e outros produtos adicionais na água; despejo no mar de resíduos não tratados, e por aí vai.
O que fazer então?
E como apesar de tudo isso eu passo aqui uma receita de espaguete com camarão?? Explico: consumo de camarões certificados! Se você quiser comer camarão de vez em quando, como eu, preste atenção na embalagem e veja se ela tem estampada um selo de certificação. Pode ser da ASC (Aquaculture Stewardship Council) ou da BAP (Best Aquaculture Practices). Isso significa que a criação do camarão em fazendas é feita seguindo uma série de normas e padrões mundiais que garantem sua sustentabilidade e qualidade. Se o camarão for fresco, pergunte para o peixeiro, ou pescador, como e onde ele foi pescado, se o defeso está sendo respeitado. Na dúvida, não compre!
Enfim, dito isso, espero que curtam minha receita de camarão com manjericão!!!
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