Tipos de frutos do mar: dê preferência para os certificados

por Tatiana Zanardi
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No Brasil quando falamos em tipos de frutos do mar pensamos normalmente em mariscos e crustáceos, com conchas ou carapaças, mas podemos incluir pescados neste termo também. Já em inglês o termo correspondente é “Seafood” , ou comida do mar, pois engloba tudo que vem do mar que o homem consome.

É um tipo de alimento que oferece diferentes benefícios para a nossa saúde, pois os frutos do mar são ricos em vitaminas e minerais. O camarão, por exemplo, é um crustáceo rico em vitamina b12 e selênio, mineral que ajuda no fortalecimento do  sistema imunológico. Porém antes de se deliciar com a culinária frutos do mar, é importante ter certeza que você não é alérgico a nenhum deles.

Mas você já ouviu falar em pescados e frutos do mar certificados? E você sabia que se estiverem congelados e forem certificados, serão mais sustentáveis que outros frutos do mar frescos mas sem cuidado com o meio ambiente? Saiba tudo sobre selos de certificação agora!

O que é o selo de certificação?

Ter um selo de certificação significa que o fruto do mar ou pescado foi criado ou capturado de forma sustentável, respeitando o meio ambiente, priorizando a biodiversidade das espécies e a integridade social.

O selo compreende toda a cadeia produtiva do pescado. Ele considera desde os aquicultores, frigoríficos, varejo até grupos de conservação e consumidores.

ASC: Aquaculture Stewardship Council, organização independente e sem fins lucrativos que concede certificações e faz rotulagem de pescados produzidos pela aquicultura responsável. O papel principal do ASC é gerir os padrões globais de aquicultura responsável, que foram desenvolvidos pelo Diálogos de Aquicultura WWF .

BAP: Best Aquaculture Practices. BAP é um programa de certificação de aquicultura que visa melhorar o desempenho ambiental, social e econômica da cadeia de abastecimento. Assim como a oferta mundial de frutos do mar de forma responsável desde 2002.

MSC: Marine Stewardship Council, organização independente e sem fins lucrativos que concede certificações e faz rotulagem de pescados capturados por pesca responsável. As 3 maiores preocupações são: se os estoques pesqueiros estão dentro dos limites suportados daquela espécie. Se não há impactos que prejudiquem o habitat e outras espécies. Se o todo o processo de pesca está bem gerenciado e dentro das leis.

Como saber se o pescado tem o selo de certificação?

É muito fácil! Tem um selinho na embalagem do pescado ou fruto do mar com uma das certificadoras acima. Mas fique atento, pois podem ser colocados outros selos, dizendo que o pescado é sustentável, mas que de fato não passou por todas as regras internacionais. Alguns Mercados Especializados já estão se diferenciando no Brasil, oferecendo pescados certificados. Por isso vale a pena dar prioridade para estas opções.

Nos Estados Unidos e em diversos países, até mesmo no Caribe, sempre existe a opção dos frutos do mar certificados.  Eu sempre observo e dou preferência para aqueles que na embalagem exibem o selo da ASC ou BAP (normalmente no caso de tilápia, salmão e  camarão), ou da MSC (no caso do dourado, cavala ou snapper).

Eu procuro fazer um bem bolado das práticas sustentáveis, ou seja, se for congelado, tem que ter um selo. Se for fresco, tem que estar dentro das recomendações do #chatbot do Guia de Pescados.  Ou observe se tem QR code para rastreamento da origem.

O que dizem no Brasil e no mundo sobre certificação

Artigo extraído da revista Seafood Brasil

“A Marine Stewardship Council (MSC) divulgou recentemente o resultado de uma pesquisa sobre consumidores de frutos do mar divididos em três grupos: Ásia- Pacífico, América do Norte e Europa.

A conscientização ambiental foi bastante abordada na enquete. Mais de 80% dos participantes concordam que se deve proteger os oceanos e esta é a questão mais preocupante.

No primeiro grupo, 46% responderam que gostariam de encontrar mais informações sobre sustentabilidade dos oceanos na mídia. Já os norte-americanos e europeus disseram que preferem ver conteúdo sobre o tema nas embalagens de frutos do mar.

No Brasil o selo da MSC ainda é pouco conhecido, mas aos poucos vem sendo mais divulgado. Quando comprar um pescado observe se ele é certificado, e se tem o selo da MSC”.

Clique aqui para ver o artigo original.

Receitas rápidas, gostosas, saudáveis e sustentáveis

E para facilitar sua vida separei aqui algumas receitas super práticas, rápidas, gostosas, saudáveis e sustentáveis para você! Sim, elas podem ser tudo isso, acredite 🙂

 

Salmão com molho de maracujá

Salmão com molho de maracujá

Receita de salmão ao molho de maracujá

Essa é uma das preferidas pelos nossos hóspedes, que sempre se surpreendem com o sabor e a textura do salmão, sempre certificado. Fica perfeita harmonizada com um vinho branco bem geladinho.

 

 

Receita de camarão no abacaxi

Tipos de frutos do mar: camarão no abacaxi

Tipos de frutos do mar: camarão no abacaxi

Com certeza o prato mais fotografado da gastronomia a bordo do catamarã Ocean Eyes! O camarão é carinhosamente preparado com temperos frescos e saudáveis, que combinam perfeitamente com o abacaxi. Recomendamos o abacaxi orgânico, que aqui conseguimos de uma fazendinha que fica na ilha principal de Tortola. Fica deliciosa acompanhada por um espumante para um brinde especial de boas vindas.

 

 

Tipos de frutos do mar: Camarão na abóbora gourmet

Camarão na abóbora gourmet

Receita de camarão na abóbora gourmet

Esta é uma variação do famoso bobó de camarão, porém com abóbora e com Cream cheese. Uma versão mais light e que ainda pode ser servido individualmente. No Ocean Eyes esta receita sempre deve fazer parte de uma comemoração especial, e o cuidado na apresentação é essencial.

 

 

Risoto de vieira : sinal verde para este molusco sustentável

Tipos de frutos do mar: Vieira, opção sustentável

Vieira, sinal verde segundo o Guia de Consumo Responsável de Pescado da WWF.

A vieira é um molusco que pode ser criado em um cativeiro sustentável e que é apelidada de filé mignon do mar. Mas tem uma dica para dar certo. Deve-se esquentar bem a panela, e dar uma salteada na manteiga. Ela deve ser selada para não perder o suco, e ser cozida em alguns minutos antes que fique dura. Se quiser dar um toque especial no risoto, acrescente um pouco de leite de coco no final.

Sugerimos que a vieira seja consumida no lugar da lagosta, principalmente no Brasil. Isso porque no Brasil a lagosta é capturada de forma não sustentável, não sendo respeitada a época de defeso (procriação) e o tamanho mínimo.

Por isso se te oferecem lagostas em bares de praia ou restaurantes, certifique-se da origem e se não é época de defeso. E se for pequena, diga Não! Certamente não atingiu a maturidade para procriar, por isso é barata

Segundo o Guia de Consumo Responsável de Pescado da WWF, a Vieira tem sinal verde para consumo! “Os efeitos do cultivo da vieira sobre o ecossistema aquático são mínimos ou inexistentes. Esta espécie se alimenta de fitoplâncton, não requer alimentação adicional e os restos gerados são irrelevantes. Existe uma regulação em vigor para a aquicultura de vieiras que funciona de forma efetiva.”

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