
Ingredientes
- 2 filés mignon bovinos de preferência orgânicos
- 1 tomate maduro
- Meia cebola
- 2 batatas médias
- 1 cenoura grande ou meia dúzia de baby cenoura
- 1/2 xícara de tâmaras picadas sem caroço (opcionais, para quem gosta de agridoce e quer dar um toque especial, uma vez que elas se dissolverão no molho).
- 2 colheres de sopa de farinha de trigo (integral de preferência)
- 1/2 colher de chá de manteiga
- 1 colher sopa de azeite extra virgem oliva
- 50 ml de vinho tinto
- Sal e Pimenta do reino a gosto
- 1 colher chá de sálvia
- 2 colheres de chá de páprica
- 2 folhas de louro
- 1 a 2 xícaras de água fervente
Modo de Preparo
Corte os filés em cubos e tempere com sal, pimenta do reino, sálvia e páprica e reserve.
Enquanto isso, corte em pedacinhos bem pequenos o tomate e a cebola. As cenouras e batatas corte em pedaços médios.
Passe os cubos de file mignon na farinha.
Aqueça o azeite com a manteiga. Doure a cebola até ficar translúcida.
Coloque os cubos de filé mignon e dê uma “selada” em tudo.
Acrescente os tomates e as tâmaras. Misture tudo.
Coloque as batatas e cenouras, misture e cubra com água fervente.
Salpique sal e pimenta do reino a gosto, e vá experimentando.
Acrescente as folhas de louro e cozinhe em fogo baixo com tampa até as batatas e cenouras ficarem macias, e o caldo grosso.
Coloque o vinho tinto, e experimente se está bom de sal e pimenta do reino.
Cozinhe por mais 5 minutos e estará pronto!
Sirva em um bow, em uma tigela, com arroz por baixo como opção. Ou um prato com o acompanhamento ao lado.
Bom apetite!!
Filé mignon e carne bovina: prós e contras
Nos últimos anos a carne bovina (e vermelha em geral) é considerada prejudicial para a nossa saúde e para a do planeta. Então como estou aqui compartilhando uma receita de filé mignon? Porque acredito que uma alimentação saudável para nós é aquela que está baseada no consumo equilibrado de carne e seus derivados, de frutas, verduras, legumes e grãos. Ela pode ser também sustentável se observarmos a procedência da carne que estamos comprando.
Cada vez mais ouvimos sobre o quanto a carne vermelha pode ser prejudicial a saúde, principalmente no que se refere a gordura e colesterol. Com certeza isso é verdade! Porém, segundo nutrólogos e especialistas de nutrição, quando paramos de consumir carne devemos ficar atentos aos níveis de ferro, vitamina B e zinco no nosso organismo, pois muitas vezes é necessária uma reposição.
O que todos estão de acordo é: o excesso de carne vermelha faz mal a saúde, assim como o modo de preparo e a procedência. Porém, consumir um pouco por semana pode ser benéfico devido aos nutrientes que ela possui e que são necessários ao organismo. Assim, se você não consegue ficar sem aquele suculento filé mignon, continue lendo este post e tenha sempre um consumo equilibrado de carne.
Carne orgânica: opção sustentável
A produção de carne bovina envolve diversos problemas tais como o desmatamento de áreas para pastagens, a geração de metano (potente gás de efeito estufa), o alto consumo de água e grãos pelo gado e o tratamento cruel dos animais. Será que não existe uma forma sustentável de criação de gado para podermos consumir carne de consciência tranquila?
Sim, existe, e a alternativa é a carne orgânica. A carne orgânica certificada é proveniente de gado criado a pasto, sem agrotóxicos e fertilizantes químicos, sem a aplicação de antibióticos, hormônios e quimioterápicos. Ou seja, é uma criação natural, como era antigamente. Os bois são tratados e cuidados individualmente, e em caso de doenças somente por veterinários que utilizam homeopatia e fitoterapia.
Onde encontrar carne bovina orgânica?
Segundo a WWF, “a Pecuária Orgânica Certificada é um sistema produtivo que pode contribuir com a sustentabilidade ambiental da Bacia Hidrográfica do Pantanal como um todo, e servir como modelo de produção sustentável e responsável”.
A produção de carne orgânica é recente, e principalmente a certificada em escala comercial. É realizada “por duas associações de produtores de carne orgânica localizadas na Bacia Hidrográfica do Pantanal, a Associação Brasileira de Produtores de Animais Orgânicos (ASPRANOR), no estado do Mato Grosso, e a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO), no estado do Mato Grosso do Sul”, conforme a WWF.

Selo de produto orgânico certificado no Brasil
Nos supermercados você pode encontrar carne organica certificada da marca Korin, empresa brasileira fundada em 1994 e que ” utiliza o método de Agricultura Natural de Mokiti Okada, que privilegia o perfeito equilíbrio entre preservação e uso dos recursos naturais”. Outras alternativas estão surgindo, fique de olho no selo de produtos orgânicos.
Acredito que quanto mais demanda houver por carne orgânica, ou seja, quanto mais consumidores pedirem nos supermercados e restaurantes, mais fornecedores perceberão que vale a pena produzir e comercializar carne organica certificada. É um trabalho de formiguinha, mas a hora é agora!!!
Bowl de filé mignon: tudo num prato só!
Esta palavrinha está ganhando cada vez mais adeptos brasileiros, não é mesmo? No começo era somente o bowl com iogurte e granola, no café da manhã. Depois veio o bowl do poke, com peixes, frutas e algo mais. E agora mais pratos são servidos em bowls (tigelas pequenas), pela sua praticidade tão valorizada na correria do dia a dia. E também porque muitas vezes fica mais fácil de comer, a comida não foge ou escorre para os lados…
O filé mignon ao molho fica ainda mais saboroso quando leva temperos que dão um toque especial. Pode ser uma receita tradicional, como o molho madeira ou com mostarda dijon com algumas colheres de sopa de creme de leite.
Esta minha receita foi inspirada no Goulash, prato húngaro que tem diversas versões e é muito comum na Croácia, onde velejamos em 2018 e 2019. O filé mignon é uma carne macia e de preparo rápido, bom para ser feito no barco onde tenho limitação de recursos como bujão de gás e fogão pequenos. Também consigo encontrar carne com certificação orgânica en algumas ilhas por onde passo, principalmente em St. Croix onde há fazendas de criação natural e produtos orgânicos.

Tamaras
As tâmaras entraram para dar um sabor especial. São ricas em açúcares naturais e fontes de energia, que além de tudo ajudam a aumentar o ânimo. Mas quem não gosta de agridoce ou tem restrições alimentares (neste caso, diabéticos) não precisa colocá-las. Podem ser substituídas por outro legume ou castanha, fica por conta da sua criatividade 🙂
Assista agora o vídeo da receita preparada com carinho a bordo do Ocean Eyes 🙂